Collage por Roberto Bessa.
QUE OS FIOS SE UNAM NESTA CAPITAL
Não tecerás as cobras
De teus parques distantes
As irmãs Papin aterrissaram
No coito das cartolas
A experiência translúcida
De vivenciar cavalos de batalha
À beira do rio anil
Somente equivale a duas mil almas
Desalojadas pelo silêncio
Viril da guarda nacional republicana
Aconteça que acontecer
Verás pelos becos perdidos
Da ilha
(porque viver numa ilha é alcova eqüidistante)
Filhos descontentes com seus leites maternais
O átrio perecerá de frio
Diante da perda fugaz
Da memória celestial
De constelações carregadas
De mulheres saias bebidas
Os autômatos
Os automóveis
As celas coletivas
Conterão a realidade
A carne e terra da realidade
O chão cuspido pelas gerações
Em sangue resplandecerá
Toda tradição misturada
Às festividades de João
Pedro ao Santo Momo
De fevereiro
Diz um irmão
A realidade é o chão
A realidade é o chão
São Luís, 14 de fevereiro de 2008
ESTUDO SOBRE A BAÍA #01
A tarde beira a baía
Com seus raios dourados
De assombro
O anúncio das trevas vem
Do oeste
As aves fogem das batidas
Incontidas de escuridão
Voam como feras enjauladas
Com brilho de crianças do passado
A tarde passa nas lâminas do veleiro
A tarde passa no tormento inaudito
Das nuvens sacras que denunciam
As incertezas canônicas
Os amores passam sorrindo
Ébrios pelo sagrado cais
Da ilha de São Luís
A podridão encarcerada
Se liberta com o sexo
Telúrico das televisões
Chefes de arma
Os pássaros voam em volta da baía
A perda repentina do firmamento
Enrola os sonhos coração de menino velho
Poente
São Luís, 8 de fevereiro de 2008
Não tecerás as cobras
De teus parques distantes
As irmãs Papin aterrissaram
No coito das cartolas
A experiência translúcida
De vivenciar cavalos de batalha
À beira do rio anil
Somente equivale a duas mil almas
Desalojadas pelo silêncio
Viril da guarda nacional republicana
Aconteça que acontecer
Verás pelos becos perdidos
Da ilha
(porque viver numa ilha é alcova eqüidistante)
Filhos descontentes com seus leites maternais
O átrio perecerá de frio
Diante da perda fugaz
Da memória celestial
De constelações carregadas
De mulheres saias bebidas
Os autômatos
Os automóveis
As celas coletivas
Conterão a realidade
A carne e terra da realidade
O chão cuspido pelas gerações
Em sangue resplandecerá
Toda tradição misturada
Às festividades de João
Pedro ao Santo Momo
De fevereiro
Diz um irmão
A realidade é o chão
A realidade é o chão
São Luís, 14 de fevereiro de 2008
ESTUDO SOBRE A BAÍA #01
A tarde beira a baía
Com seus raios dourados
De assombro
O anúncio das trevas vem
Do oeste
As aves fogem das batidas
Incontidas de escuridão
Voam como feras enjauladas
Com brilho de crianças do passado
A tarde passa nas lâminas do veleiro
A tarde passa no tormento inaudito
Das nuvens sacras que denunciam
As incertezas canônicas
Os amores passam sorrindo
Ébrios pelo sagrado cais
Da ilha de São Luís
A podridão encarcerada
Se liberta com o sexo
Telúrico das televisões
Chefes de arma
Os pássaros voam em volta da baía
A perda repentina do firmamento
Enrola os sonhos coração de menino velho
Poente
São Luís, 8 de fevereiro de 2008
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