QUANDO
CHEGA A DESPEDIDA...
Quando
chega a despedida
Uns
para o lado e outros para o lodo
Percorrendo
um objetivo
Intensificado
por uma Idea pré-concebida
Seguir
um rumo
Mas
eis que surge um muro
Uns
e outros no caminho
Limitando
os limites
Objetivas
despedidas
Pra
não passar o papel em branco
Passa
a tinta no presente
Sou
um ente aprendiz
Diz,
noite sombria, diz!
Afogo-me
em um canal
De
tinta, fresca e celestial.
Encontro-me
num dilema carnal
Encostado
na branca alegria casual
Dos
momentos bem vindos
Arfantes
presentes à repressão
Que
nos mostra força insólita
Afogadas
em sua própria perdição
Força
insólita me sinto imponente
Na
escuridão desta noite que me possui
Com
o mistério de seu tempo
Chegamos
então ao nosso limite?
Simplesmente
por estarmos vivos
E
ligados por um fio de prata
Que
longe de todas as realidades
Desde
a criação nos absorve neste
Presente
de cimento?
Concreto
e abstrato ao mesmo tempo
Tempo
que se perde entre
O
passado e o futuro
Na
verdade, não existe o presente
Mas
o momento
No
instante, entorpecido vejo
Os
espectros que bailam no vento
Na
brisa que sacodem as madeixas
Das
ninfetas que suspiram na noite
No
instante vejo relâmpagos
Nos
rostos concentrados de torpor
No
momento ígneo de vinho que
Absorve
o presente indiscutível
No
entanto todas as perspectivas
São
exatas a partir do combustível
Que
nos faz viver e endeusar nossa
Filosofia
do nada, ah, relâmpagos da memória!!
Dos
fins ab-ruptos
Términos
de despedida honrosa.
(Valter,
Mano, Flávio, Roberto e Vladimir)
No
lado escuro da calçada do Parque Jatahy
01.05.94.
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Editora vozes
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