terça-feira, 7 de julho de 2009

HALLELUCINATION'S BOULEVARD I

"É o mundo das aparências
que às vezes costuma ser o mundo da realidade
aquele que nos enforca
Ou nos faz rir de alegria."

Enrique Gómez-Correa

Aquela que ri nos embola manga encardidamente
Rua o eterno recomeço
a luz esticando minha sombra elástica
torre: balem ferros distorcidos pelo vento
meu coração madruga um sopro
talvez a mesmoutra harmonia
ínfimos improvisos
uma esquina morta esponjosa
engolida pelos olhos do mendigo de plástico
amarelo-outrora e ex-arcanjo
lua giratória sobre minha vez estátua
sem praça sem mãos flutuandando...
gritam trompetes retorcidos
casas insuspeitas panos nos espelhos
dedos devorados por lembranças famintas
sim, "coelhinhos vomitados" pseudopessoas fuliginosas
tatuachadas pela insônia
seto sem dizer absolutamente coisa nenhuma
apenas vencendo o tempo/adiando o alvo
uma mão afônica puxa minha língua silenciosa
postes quedantes passo a passo semáforos
o fim da rua signifinca uma estaca de nicotina
em meu coração.

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