sábado, 18 de dezembro de 2010

PHILIP LAMANTIA

     Filho de emigrantes sicilianos, Philip Lamantia nasceu em São Francisco em 1927. Sempre associado aos Beats, Lamantia foi um lobo solitário, conservando sempre um estilo muito pessoal. "Phillip foi um visionário, como Blake, era capaz de ver o universo em um grão de areia." Segundo o poeta Lawrence Ferlingheti, em cuja editora, City Lights, foram publicados quatro dos dez livros de Lamantia. Com sua escrita libertària, alucinada, o poeta influenciou, de uma forma ou de outra, a maioria dos os escritores Beats, sobretudo Allen Ginsberg, cuja poesia, que até princípios dos anos 50, havia-se conservado num terreno bastante convencional, modificou-se radicalmente após o contato com Lamantia. Antes, porém, de classificar sua poesia apenas como beat, devemos lembrar que Lamantia foi, antes de tudo, um surrealista. O poeta Ken Wainio orgulhava-se de dizer, durante os anos 70, que Philip era o único verdadeiro poeta surrealista americano. Assim o reconheceu André Breton que o "descobriu" em Nova York , sendo Philip ainda um adolescente, para incorporá-lo formalmente ao movimento surrealista na década de 40, unindo-o a vários artistas notáveis como Aimé Cesaire, Dorothea Tanning, Arshile Gorky, Hans Bellmer, Toyen, entre outros. Foi a pintora Toyen que realizou o frontispício de um dos seus principais livro Touch of the Marvelous (1966).
      Leitura recomendada: The Beats - a graphic novel (vários autores). Além de Ginsberb, Kerouac e Burroughs, a hq traz capítulos com beatniks menos conhecidos como Lamantia, Michael McLure, Rexroth, Gary Snider, Ferlinghetti, Corso e outros.

Nenhum comentário: